O líder da maior igreja evangélica do México, Naasón Joaquín García, foi condenado a quase 17 anos de prisão na quarta-feira (8) por abusar sexualmente de três meninas menores que frequentavam a igreja.
García se declarou culpado por duas acusações de cópula oral forçada envolvendo menores e uma acusação de ato lascivo contra uma criança de 15 anos.
Durante o julgamento ele foi condenado a 16 anos e oito meses de prisão, além de ser obrigado a se registrar como agressor sexual por toda a vida.
Aos 53 anos, ele liderou a congregação La Luz Del Mundo, com sede em Guadalajara, Jalisco, no México, que tem também tem filiais em vários locais dos Estados Unidos e do México.
“A sentença de hoje para Naasón Joaquín García é um passo crítico para a justiça”, disse o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, em comunicado. “Embora nunca desfaça o dano e o trauma que ele causou como líder do La Luz del Mundo, esta sentença deixa claro que os agressores – não importa quem sejam – serão responsabilizados. A agressão sexual nunca é aceitável”.
Ao sentenciar García, o juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, Ronald S. Coen, o chamou de “predador sexual”, de acordo com o Los Angeles Times.
“Sou juiz há muito tempo”, disse ele. “Nunca deixarei de me surpreender com o que algumas pessoas fazem [em nome da] religião.”
As investigações contra o ex-líder começou em 2018, resultando em sua prisão em 2019.