Uma emopresa dos EUA colocou chip em todos os seus funcionários e isso está influenciando outras a tomarem essa iniciativa tecnológica. Mas uma preocupação já se inicia, pois tal ideia tem prenúncios de algo a mais que um recurso tecnológico.
Há pouco mais de um ano, chamou a atenção do mundo todo a decisão da Three Square Market, fornecedora de “minimercados” para locais como hospitais, hotéis e salas de descanso dentro de empresas, de disponibilizar microchips para seus funcionários usarem como forma de identificação. Mas, hoje, como conta uma reportagem do The Technology Review, o CEO da companhia, Patrick McMullan, considera a iniciativa um sucesso.
Na época, 50 pessoas optaram por implantar o chip do tamanho de um grão de arroz sob a pele de suas mãos, entre o polegar e o indicador. Com o dispositivo, elas entram no edifício, fazem o login nos computadores e até compram comida e bebida — basta acenar em frente ao leitor RFID de uma máquina dispensadora, para que o valor do produto escolhido seja debitado da conta bancária do funcionário.
A ideia veio após uma viagem a trabalho para a Suécia. Lá, a “cultura do microchip” pegou fortemente, com mais de 3 mil pessoas já tendo implantado um para usar no dia a dia em atividades como comprar bilhetes de trem.
Mas as pessoas estão receosas por causa da privacidade e segurança que se tornam preocupações óbvias quando se propõe a alguém usar um chip sob a pele. E, para o professor de ciências da saúde da Universidade da Califórnia, Nick Anderson, com razão. Segundo ele, alguém poderia facilmente “xeretar” o dispositivo. Os leitores que armazenam as informações dos usuários poderiam, em teoria, revelar dados confidenciais. Mas, para o CEO da empresa “chipada”, isso não é tão diferente do risco de ter a carteira roubada quando se anda na rua.