O casamento da cristã iraniana, Aideen Strandsson, de 37 anos, com o pastor sueco, Cai Berger, no mês de junho não terá nenhum impacto no seu pedido de asilo pelos próximos dois anos. Apesar do casamento ser reconhecido legalmente, de acordo com as leis suecas, é preciso ter dois anos de casado para alterar a situação de imigração. Eles esperavam que o casamento resolvesse o caso, mas o processo tem se arrastado.
Aideen adotou um sobrenome sueco ao chegar do Irã, em 2014, com um visto de trabalho. Ela teve o asilo recusado há um ano e ainda não há uma data para a audiência do recurso. Por conta disso, ela não pode trabalhar, não tem passaporte e não pode receber nenhum benefício do governo. Ela compartilhou ter pesadelos todas as noites, em que a polícia segue ela para prendê-la e deportá-la para o Irã, local onde sua conversão ao cristianismo pode levar a prisão.
Ela disse que sua família mais próxima, que agora também vive na Suécia, acredita que o caso está sendo atrasado intencionalmente. “Eu sei de algumas pessoas que mandaram seus pedidos para recurso no mesmo período que eu, há cerca de um ano. Eles já receberam uma resposta, mas ainda não há nada para mim. Eu acho que eles não se importam se estou viva ou não”, acrescentou.
Quando seu pedido de asilo foi negado, os oficiais do serviço de migração do país não acreditaram que a vida de Aideen estivesse em perigo, caso fosse mandada de volta para o Irã. “Eles disseram que minha vida pessoal não era problema deles. Se eu decidi me tornar cristã, o problema era meu”, concluiu.