De acordo com informações divulgadas pela Fox News e pelo Washington Post, o voto dos evangélicos brasileiros deve ter um impacto considerável nas eleições presidenciais que ocorrerão no dia 7 de outubro.
Mesmo sendo o país com o maior número de católicos do mundo – 123 milhões de pessoas, segundo dados de um senso realizado em 2010 –, no Brasil existe um número crescente de habitantes que adotam a fé protestante. Tanto isso é verdade que, atualmente, seu número chega a 42 milhões, ou 20% da população total, e sua força em pleitos já foi demonstrada recentemente.
Um exemplo desta influência foi a eleição municipal de 2016 no Rio de Janeiro, quando os votos evangélicos ajudaram a impulsionar a candidatura de Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, levando-o a vencer a disputa pela prefeitura carioca.
Além disso, a chamada “bancada evangélica” do Congresso, composta por 87 deputados e três senadores, teve papel crucial no processo de impeachment de Dilma Rousseff (também ocorrido em 2016), quando apoiou a destituição da mandatária petista por ela ter administrado o orçamento federal de forma ilegal.
Preferência dos evangélicos por Jair Bolsonaro
A Mídia internacional reproduziu a pesquisa de intenção de voto realizada pelo IBOPE e divulgada na última terça-feira (11), a qual constatou mais uma vez que Jair Bolsonaro, do partido PSL, é o líder como escolha preferencial para presidente do Brasil, contando com 26% de apoio da população total. No entanto, quando se leva em conta apenas o número de eleitores que se declararam evangélicos nesta mesma pesquisa, o percentual a favor de Bolsonaro sobe para 33% – somente 10% dos protestantes apoiam Geraldo Alckmin (PSDB) ou Marina Silva (REDE), e 7% se identificam com Ciro Gomes, do PDT (os dados foram colhidos antes que Fernando Haddad fosse declarado como candidato oficial do Partido dos Trabalhadores, portanto ele não foi incluído nesta análise).
Um dos exemplos mais notórios de um evangélico influente que apoia a candidatura de Jair Bolsonaro – o qual é católico e tem grande apreço pelo Estado de Israel – é o do pastor pentecostal Silas Malafaia, líder do ministério Vitória em Cristo e presidente da igreja Assembleia de Deus.
Malafaia tem declarado abertamente seu apoio a Bolsonaro, e chegou, inclusive, a visitá-lo no hospital após o presidenciável ter sido vítima de um atentado a facada enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, no último dia seis.
Para Malafaia, Bolsonaro “defenderá todos os valores e princípios da família cristã”, ao passo que, de acordo com ele, a esquerda promove “lixo moral” com suas posições liberais a respeito do casamento homoafetivo e do aborto.
Outro líder religioso, Robson Rodovalho, que é um dos fundadores da igreja Sara Nossa Terra, afirmou que os candidatos à presidência que mais se alinham com os valores pregados pela fé cristã são Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin (que também é católico). No entanto, o bispo revelou, segundo a Fox News e o Washington Post, que será necessário conversar com estes dois concorrentes para saber melhor “o que cada um está propondo”, antes que possa declarar apoio.
Com informações BlastingNews